quarta-feira, 20 de junho de 2018
Relógios
Poema objeto de Menção Honrosa no 1º Concurso Petrobrás de Literatura - 1986
Os relógios de ponteiros
são janelas movediças
de onde o tempo nos espia
sem deixar de se esconder.
Os relógios sem ponteiros,
como vitrines vazias,
roubam do tempo a mania
de passar sem se deter.
Os relógios de parede
são molduras solitárias,
onde o tempo, enclausurado,
se aborrece de correr.
Os relógios de pulseira
são algemas voluntárias
onde as horas são arreios
do sonhar e do querer.
Miguel da Costa Franco
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Muito bom Mig!
ResponderExcluirObrigado, Unknown.
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